19 novembro, 2007

Engenheirando o futuro da engenharia

Na página da European Network for Accreditation of Engineering Education, (E.N.A.E.E.) encontrei um artigo muito interessante de Sebastião Feyo de Azevedo - intitulado "Technical Education - from London 2007 to Leuven/Louvain-La-Neuve 2009… and beyond" - no qual expõe, de uma forma excepcionalmente brilhante, uma sua visão do futuro das formações nesse domínio do conhecimento, e de que extraio os pontos que se seguem, sublinhando, propositadamente, um deles:
Our individual and local universe is larger and larger.
· Time and space concepts and dimensions have changed dramatically.
· The reference of whatever (quality, competition, etc.) is now Europe and the World, not our City or our Country.
· Standards must be high, inflexibly high, attitude holistic, mind flexible.
· The need is clear for a reference qualifications framework and for international recognition of quality assurance standards and procedures,
· A core group of disciplines, concerning basics and engineering, and of skills and competencies, should be recognized by consensus and implemented.
· A complementary group of elective advanced curricular modules should lead the student to work on frontier topics of engineering.
· External training, more practical ‘hands-on’ training is required for first-degree level. If possible in another Country.
· There must be an understanding that it is essential that Academia and Industry, in the European Space, co-operate offering each other aided-value, by accepting students for training (the Industry), by jointly designing pilot case studies, by providing theoretical background through courses (the Academia).
· Lifelong learning is the key concept to have the edge."
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Alguma coisa está mesmo em grandes mudanças no pensamento nacional e, pelos vistos, não é só a engenharia... AINDA BEM!

5 comentários:

Anónimo disse...

Falta aqui um pormenor importante:
«funções de promotor da reforma» desempenhadas pelo Sebastião.

Regina Nabais disse...

Alexandre, é curioso que nos recorde disto, porque também reparei que Sebastião Feyo assina o artigo como pertencendo à FEUP que, como sabemos, é uma lecciona cursos de mestrados integrados, que destoam bastante da visão expressa pelo autor. Mas, o alojamento artigo mencionado no 'post', é no Servidor da European Network for Accreditation of Engineering Education, da qual a Ordem dos Engenheiros é um dos membros.
De qualquer forma, como uma Visão da Problemática da Engenharia Nacional, penso que o artigo traduz uma enorme abertura de pensamento sobre as "nossas engenharias de futuro", em relação àquele a que eu estava habituada, como procedente de pessoas destacadas na correspondente Ordem.

JVC disse...

Normalmente, não entro da discussão das entradas dos meus convidados. Abro excepção para lembrar que a Regina dá uma dica acertada mas que precisa de esclarecimento.

É verdade que a FE/UP, como o IST e outras, foram para a aberração dos mestrados integrados e que isto parece estar em desacordo com o que SF escreve. Mas o que a Regina certamente ignora é que SF, no âmbito da comissão a que pertenceu na DGES, foi um grande defensor dos mestrados integrados. Incoerências...

Regina Nabais disse...

JVC,as suas achegas e comentários são sempre valiosíssimos, por isso, na parte que me toca como sua convidada, gostaria de poder contar sempre com elas.

Entretanto, lá que eu não sabia, das iniciativas de SF nos mestrados integrados, não sabia, mas que desconfiava,... desconfiava muito! Por isso mesmo, é que escrevi, no 'post', que não eram só as engenharias que estavam a mudar, em Portugal...Por alto, por alto, haveriam tambem pessoas a mudarem de opinião. E, isto, se fosse verdade, eu gostaria mesmo muito!
Só que, sabe de uma coisa JVC? pessoalmente, eu não acredito em semi-rotações de opinião, vindas de algumas pessoas, por isso, e no caso presente, tenho quase a certeza que não houve mudanças de opinião, houve uma simples expressão de conveniência, muito bem elaborada, "para inglês ver". Quero dizer, mais cedo ou mais tarde, viveremos bastantes mais folhetins e peripécias, nesta saga portuguesa das engenharias...
Ah! E eu, por enquanto, não lhe chamaria incoerências, destas todos estamos sujeitos. Acho que são...é...Vou ver se consigo que me ocorra o termo certo e, quando o encontrar, eu digo.
Abraço grande, e obrigada.

JVC disse...

Com o último comentário da Regina, calo-me esperando que adivinhem o gozo do entendimento mútuo.