Gosto de escrever quando a poeira já está a assentar, como acontece com o caso do "por qué no te callas?". Juan Carlos mostrou-se um rei arrogante, herdeiro de uma mentalidade colonial e imperialista? Ou fez o mínimo para simbolizar a dignidade do seu país perante um farsante? Afinal, há uma pergunta prévia: mandou ou não calar Chávez? Antes do mais, repare-se que a frase é uma interrogação, não uma intimação.
Se eu estiver numa reunião, se um amigo meu X estiver a interpelar, de forma importante, um senhor Y e este senhor Y estiver sempre a interromper X e a não o deixar falar, eu era bem capaz de dizer "Ó sr. Y, cale-se e ouça!". Afinal foi isto, contas redondas, e menos brutalmente, embora com incorrecção diplomática, o que fez Juan Carlos, quando Chávez estava a sobrepor-se a Zapatero. Basta ver o vídeo com atenção.
Será que estamos mesmo condenados a viver só metidos em "sound bites"? Já não conseguimos analisar objectivamente um acontecimento? Ou sou eu que, neste caso, estou a confundir objectividade com primarice de apreciação das "coisas"?
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