1. A visita do rei de Espanha aos enclaves de Ceuta e Melilha está a levantar problemas e o embaixador de Marrocos em Madrid já foi chamado a casa. Tenho alguma dificuldade em encarar estes casos residuais como problemas de colonialismo. São micro-sociedades com forte identidade histórica muito influenciada pela potência dominante. É por isto que nem me passa pela cabeça que Olivença passe a terra portuguesa. Mas também, consequentemente, não era razoável que a Espanha deixasse de reivindicar Gibraltar?
2. É notícia recente que na África subsaariana a infecção da SIDA já é dupla, HIV e tuberculose. Primeiro, não é novidade nenhuma, é história já com bastantes anos. Segundo, não é só problema africano. Como se sabe, ninguém morre directamente pela infecção pelo HIV, mas sim pelas doenças secundárias à imunodeficiência. Ora, em Portugal, desde já há vários anos, a situação é essa mesmo: morte principalmente por tuberculose grave, muitas vezes com resistência múltipla aos tuberculostáticos. A situação é especialmente preocupante nos meios degradados, nas prisões, nos grupos de viciados de droga.
3. Já aqui escrevi repetidamente que o racismo, entre muitas coisas, é uma estupidez em termos científicos, segundo os quais não se pode definir o que são raças humanas. Voltei a escrever isto a propósito das senilidades de Jim Watson. É com muito prazer que leio no Público um pequeno artigo de um grupo de jovens investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência, "Será que existem raças humanas?". Parabéns aos autores, Francisco Dionísio, Isabel Gordo, Lounés Chikhi, Mónica Bettencourt Dias, Rui Martinho e Sara Magalhães.
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