Receio que a remodelação do Público ainda venha a ser história com pano para mangas. Reparei há dias em coisa que pode parecer um pequeno pormenor, mas logo na primeira página. Na chamada de atenção para uma notícia interior, uma grande foto de um militar de camuflado, sabe-se lá quem, e um pequeno texto a dizer que o príncipe Harry de Inglaterra, filho do herdeiro da coroa e terceiro na linha da sucessão, vai em missão para o Iraque.
Pior é o título da fotografia da primeira página: "Filho de Diana vai para Bassorá" . A Caras não diria melhor. Mas melhor ainda me disse o meu vendedor de jornais, com quem muitas vezes converso sobre a primeira página: "pois é, parece que o rapaz é só filho da mãe!"
Nota à margem - A propósito da fotografia, lembrei-me de um caso já antigo, de um protesto meu a um jornal. Numa evocação histórica sobre o 25 de Abril, contava-se o caso da "Roberto Ivens" e daquele momento decisivo em que ela apontou as peças para o céu, depois de neutralizado o comandante. Lá vinha a fotografia, da fragata no Tejo, frente ao Cais das Colunas. Simplesmente, era uma fragata Meko, das adquiridas muitos anos depois. O jornal deu-me uma desculpa esfarrapada e recusou admitir o erro. Coisas da nossa imprensa!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
corrijo o nome da fragata que referiu no caso do 25 de Abril : trata-se do NRP Almirante Gago Coutinho ( pertencia a um conjunto de 3 fragatas da classe Almirante Pereira da Silva, construídas em Portugal sob projecto dos USA ) comandada pelo Comandante Louçã ; o navio já foi abatido .
continuação de boas notas
Obrigado pela correcção. Não sei já porquê, sempre pensei que era a Roberto Ivens, da classe Rouvière, as chamadas francesas, a fragata em que fiz a minha viagem final do 15º CFORN. Problema de informação de quem estava longe, no 25 de Abril.
De qualquer forma, mantém-se o que escrevi: Meko é que não.
Já agora, sobre o cmt Louçã, e porque muita gente sabe que é (era?) pai de um homem bem conhecido. Sempre me disseram que era um bom homem e generoso. Hesitou, mas, ao menos, nesse dia, não serviu o regime. E não tenham dúvidas. O poder de fogo da fragata era muio mais devastador do que o dos pobres tanques frente a frente no Terreiro do Paço.
Enviar um comentário