16 setembro, 2007

Portas de recomeços

O dia de ontem-hoje até que correu bastante bem, para o ensino superior português.
A Direcção Geral de Ensino Superior (DGES) cumpriu os prazos, há muito previstos em calendário, na sua página do acesso ao ensino superior, (aqui) - para a disponibilização de informações sobre os resultados da 1.ª FASE DO CONCURSO NACIONAL DE ACESSO DE 2007, e juntou-lhe uma nota de síntese - (aqui).
Tomara que esta notável proficiência da DGES, demonstrada neste processo, seja para ficar, expandir e generalizar a outras das suas atribuições.

Também foi reconfortante saber-se que algumas instituições se esforçaram por oferecer formações pós-laborais - abrindo hipóteses a alunos trabalhadores - se bem que. a meu ver, não tenham visto o seu esforço, devidamente, recompensado pelo interesse dos candidatos.
Ainda há que referir que em 97 dos cursos com mais do que 20 vagas iniciais, foram preenchidas, até agora, menos do que 50%.

As candidaturas, por instituição nesta primeira fase, deram os seguintes resultados, considerando a taxa aproveitamento das vagas oferecidas:

ESTABELECIMENTOTotal
_________________________
ULISBOA_Politécnico
_____
100.0
UPORTO99.1
UMADEIRA98.3
ISCTE96.1
UNOVALX95.1
UAVEIRO93.5
IPCOIMBRA93.4
UTÉCNICA91.2
IPPORTO89.9
UAVEIROP89.0
UCOIMBRA88.1
UMINHO85.1
UTAD84.8
IPVIANADOCASTELO83.8
IPLISBOA82.8
UÉVORA82.3
IPLEIRIA81.3
UALGARVEP77.7
IPCAVADOAVE77.1
UBI76.3
IPSANTARÉM75.5
ULISBOA73.3
UAÇORES69.9
UALGARVE69.6
IPCASTELOBRANCO68.3
IPGUARDA64.2
IPSETÚBAL63.2
IPVISEU60.9
IPBEJA53.3
IPTOMAR50.5
IPPORTALEGRE44.8
IPBRAGANÇA43.8


ENFERMAGEM E ESCOLAS DE SAÚDE
94.1
Média Geral80.9

______________________________________________
Enfim, penso que, dentro do possível, tudo correu bem!
Um brinde aos bons recomeços e melhores acabamentos!

ADITAMENTO (16-09-2007; 16:40 h) - relacionado com o facto de um leitor deste blog num seu comentário a este post, sobre os resultados do acesso - taxas de aproveitamento de vagas oferecidas na primeira fase de candidatura - ter feito uma observação específica apenas sobre uma das formações superiores, decidi publicar (aqui) uma síntese do que, genericamente, se passou por cada uma das formações, e estabelecimento de ensino, considerando apenas as taxas de aproveitamento das vagas oferecidas em cada uma delas - o que quer dizer que esta minha lista desconsidera questões muitíssimo importantes, de que destaco os diversos regimes de acesso por um lado, e a capacidade e demais requisitos de preparação efectiva das instituições para leccionarem as formações listadas.

2 comentários:

Pacheco-Torgal disse...

Os resultados da 1ª fase de acesso ao ensino superior, registam um expressivo aumento de 45% relativamente ao ano passado (resta saber se ficam a dever-se ao efeito Sócrates/UNI):



2007/2008 2006/2007

Aveiro 34 38
UBI 49 6
FCTUC 125 54
Évora 30 10
IST 175 175
U.Nova 125 79
U.Minho 106 55
FEUP 175 175
UTAD 30 9


Beja 14 15
Bragança 20 13
C.Branco 7 6
ISEC 71 47
Faro 63 48
Guarda 15 10
Leiria 39 18
ISEL 150 122
Portalegre 5 7
Porto 135 70
Barreiro 35 32
Viana C. 35 10
Viseu 34 11
Tomar 10 14

TOTAL 1482 1024

Alexandre Sousa disse...

Peço desculpa por entrar na procissão, mas estou devidamente aviado com opa, chapéu e tudo. Sou confrade do Vinho do Porto, da Lampreia do Cávado, da Caldeirada da Murtosa e suprema das supremas confrarias do Nabo de S. Cosme (Gondomar).
Dentro de dias, sem qualquer aviso ou comunicação, qualquer das entidades aqui mencionadas terá 100% do possível + pós de pós para satisfazer pedidos de várias famílias.
Nem sequer é mau. É a obrigação do Estado e das famílias dar lugar a quem pede e declara expressamente que está disponível e paga para estudar.
Estudem muito e estudem bem.
Daqui a três anos, digam-me onde estão. É importante saber o que cada um fez a cada euro que foi entregue à educação superior.
Note-se que eu, individualmente, até estou disponível para aumentar o meu quinhão de pagamento, mas exijo saber como foi aplicado.
Se foi mal usado, tenho que pedir contas a quem esbanjou a minha poupança.
Quantos soldados mantemos nos diferentes postos?
Sabemos, deixando-nos de hipocrisias, que certos pontos não estão suficientemente defendidos e outros não têm necessidade de o ser? Se somos Suevos, diremos que é preciso aumentar tal guarnição e reformar tal outra. Se somos Godos, diremos que é preciso suprimi-las todas porque cumprem muito mal os seus deveres.
- E como sabemos que os nossos desfiladeiros da Ciência estão mal guardados? Será que os guardiães da AAAES já os visitaram? Estará certificado de que é assim?
- Não, mas calculo.
- Cuidado! É perigoso congeminar em vez de ter noções certas. Sei que nunca vistes as minas de ouro que pertencem à Republica de Portugal. Poderás vós dizer-me por que motivos rendem presentemente menos do que rendiam noutro tempo?
- Efectivamente, tenho andado por Badajoz e não tenho tido tempo para descer a galerias mineiras.
- O lugar é, com efeito, insalubre, e esse motivo te justificará, se FTS tomar este assunto em consideração. Há, porém, outro que não deverá ter escapado ao vosso olhar perspicaz. Quantas medidas de trigo produz a região LVT? Quantas são precisas para pagar a subsistência dos seus estudantes? Deveis compreender que esse conhecimento é necessário, para prover às deficiências.
- Mas, caríssimos mestres e professores, nunca mais acabaremos, se tivermos de entrar nessas minudências.
- Então o chefe do MCTES não deve velar constantemente pela necessidade da família universitária e politécnica, procurando os meios de as remediar? Demais, se todas essas minudências vos espantam, em vez de ficar à carga dos cuidados de quarenta mil estudantes, podeis experimentar os vossos méritos, pondo em ordem os negócios da Casa de Aveiro, ou da Casa de Braga, que correm mal.
- Estou pronto a tentar isso, se o IP de Bragança, o de Portalegre, Tomar, Beja, Viseu e etc., quiserem seguir as minhas opiniões.
- E acreditais que todos os portugueses do interior, se deixarão facilmente persuadir? Receai, Senhor, que um vão amor da glória vos leve a falhar na missão a que vos propões. Não vos parece imprudente e perigoso que vos encarregueis de interesses tão importantes sem os conheceres? Muitos exemplos vos ensinarão que, nos lugares mais importantes, a admiração e a estima são o prémio do saber e do talento, mas as censuras e o menosprezo são o castigo da ignorância e da presunção.
Zé Mariano reconheceu não possuir ainda os conhecimentos necessários a um homem de estado, mas não desanimou.
Se algo correr mal, prometeu que falará com o Comandante.