O acesso ao ensino superior
O meu caro amigo José Ferreira Gomes, professor e ex-vice-reitor da U. Porto, publica hoje no meu sítio uma nota desenvolvida, "Comentário aos resultados do Acesso ao Ensino Superior 2007 (1ª fase)", que creio que vai merecer alguma polémica. Não digo porquê, para não desmotivar os leitores. Os comentários podem ser deixados aqui.
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3 comentários:
Não me parece que o comentário do Prof. José Gomes Ferreira esteja correcto. O programa "Novas Oportunidades" além de ser um programa recente e, portanto, mesmo que o Governo possa propagandear o contrário, não poder ter tais efeitos a curto prazo, não se substitui aos exames nacionais do 11º e 12º anos. Com efeito, para terminar o ensino secundário esses alunos não precisam realmente de fazer exames nacionais e aí poderá ser (mas não está provado) que haja alguma inflacção numérica. Mas nunca essa eventual inflacção pode ter consequências nos acessos normais ao ensino superior. Os candidatos não só têm de fazer exames nacionais como precisam de ter o mínimo de 9.5 nos exames das disciplinas específicas. Não, a situação não é tão simples como isso e também tem de se admitir a hipótese de o sistema, com todas as suas mazelas, estar a melhorar. Era bom haver análises cuidadosas da situação actual mas, infelizmente, há pouco espaço (e tempo) para isso...
Também duvido de um efeito tão espectacular do NO. À primeira vista, o que me ocorre como mais provável é uma taxa menor de reprovação no 12º ano, mas não tenho dados. lembro-me é que foi voz corrente que os exames tinham sido mais fáceis do que no ano passado.
A pedido do JFG, que teve dificuldade em inserir um comentário, aqui vai, em seu nome.
JFG:
Sei que não estou a ser rigoroso quando associo o aumento espectacular (27%) do número de candidatos ao Superior ao programa Novas Oportunidades. O que pretendo dizer é que são consequência da preocupação fundamental de aumentar o número de jovens a completar o 12ºano ou equivalente. As razões directas deste aumento têm de ser encontradas na subida das notas médias dos exames (a começar pela matemática) e pela pressão para baixar a taxa de reprovações. Nos próximos anos teremos as consequências das melhores taxas de aprovação que este ano foi "conseguída" no Básico.
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