Escrevi há pouco sobre Albano Nunes, dirigente do PCP, e só depois me lembrei de uma história pessoal interessante. Em 1975, era o meu "controleiro", num organismo do sector intelectual, creio, portanto, que antes de assumir as suas longas tarefas de relações internacionais. Uma vez, deu-me uma grande repreensão, aliás em condições pouco elegantes, no meu carro, quando eu estava a transportá-lo já não sei porquê. Carro é como casa, não tenho por boas maneiras denegrir uma pessoa em sua casa.
Estávamos no sábado véspera das eleições para a Constituinte e perguntou-me qual era o meu palpite sobre o resultado do PCP. "Entre 10 e 15%". O que foi a sua indignação e reprimenda em relação à minha falta de confiança no PCP. "Obviamente que o primeiro lugar e nunca abaixo dos 30%".
Viu-se. 12%. Era (é) este o sentido das realidades dos dirigentes do PCP. Por isto, de derrota em derrota até à vitória final!
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