Na sua coluna de opinião de ontem, no Público, Esther Mucznik discorda do convite da Universidade de Columbia ao presidente iraniano. “O que a Columbia University fez foi oferecer um palco de prestígio a Ahmadinejad”. Compreendo a sua posição, do ponto de vista de uma israelita, mas não concordo. Acabou por ser um espectáculo deplorável mas instrutivo (se é que precisávamos de mais instrutivo), como se pode verificar indo ao YouTube e vendo as dezenas de vídeos que lá aparecem se pesquisar “ahmadinejad columbia university”. A notícia e as imagens andam já por todo o mundo e são devastadoras.
Comece-se por notar a coragem do presidente da universidade, Bollinger, que não mede as palavras. Ditador mesquinho, é um dos mimos. Quase no fim, o grande momento, quando o homem afirma com o ar mais sincero que o Irão é um país “livre” de homossexuais (o que até seria uma aberração antropológica). A sala rebenta de riso. Hoje, em tempos da net, será difícil ao governo iraniano impedir os seus cidadãos de ouvirem essas gargalhadas. E já diziam os romanos que “castigat ridendo mores”.
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