Portugal prestou ontem uma mais do que merecida homenagem a Aquilino Ribeiro. É pena que tenha sido inquinada por alguma polémica, de monárquicos fanáticos que não lhe perdoam um nunca provado envolvimento no regicídio. São coisas que só menorizam os detractores, que nem aos chinelos do mestre se podem comparar. E os que lá estão, são impolutos? Carmona e Sidónio, porquê? Amália teve uma vida irrepreensível? Humberto Delgado foi sempre símbolo da oposição ao salazarismo?
Curioso é também repararmos nos escritores homenageados no Panteão. Garrett, indiscutível. Mas Guerra Junqueiro e João de Deus, quando não estão lá Camilo e Eça? Estas honras têm sempre uma grande margem de erro, ao sabor dos interesses de momento.
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2 comentários:
Continuo a pensar que Mestre Aquilino estava mais limpo no local onde pousaram os seus ossos na hora da partida para a grande viagem.
Estava só, sim, mas não estava mal acompanhado.
Assisti a uma cerimónia interessante. Para lá de honras de reportagem dadas a uns quaisquer idiotas de relógio atrasado, fiquei assustado ao verificar que parte do elogio seria feito pelo Presidente da República. Pela República que o mestre defendeu desde sempre, não seria de estranhar que isso acontecesse. Mas ao ouvir a cavacal criatura falar sobre o mestre, vi que a urna abanava. Até Aquilino deu voltas...
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