06 setembro, 2007
Honenagem (II)
Uma homenagem a um grande homem, voz que me ficará para sempre no ouvido, não implica que não exerça também alguma crítica. Quem ouvia ao vivo os concertos de Pavarotti , estava sempre à espera do "must", o "Nessun dorma". Eu sempre fui mais pela sua "Una furtiva lagrima", do Elixir de amor.
Mas algum dos meus leitores tem esta preciosidade de CD cuja imagem apresento (mais o seu CD irmão)? Quantos já ouviram cantar Caruso? Claro que isto, sendo uma gravação de 1904, precisou de muito trabalho para se ouvir desta forma.
Ouvir estes discos resolveu-me um velho problema de apreço por dois tenores. Pavarotti é o "bel canto", voz cristalina, angelical, em acrobacias musicais. Placido é a voz quente, inteligente, sensível com a elegância de um grande de Espanha. Só quando comecei a ouvir Caruso é que percebi que ele é a mistura excelente dos dois. Aqui fica a sua "Una furtiva lagrima".
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2 comentários:
Não se consegue ir buscar a voz de Caruso para a comparar com Pavarotti. Dizem que era empolgante nos "Pagliacci", pelo dramatismo, mas vamos lás aber se é verdade, quando as gravações sõe de péssima qualidade.
Eu tenho a Traviata cantada pelo Krauss e Callas em Lisboa e tem o mesmo problema. E o Krauss será o meu favorito durante muitos anos.
Mas Pavarotti e Plácido tiveram o mérito de dizer ao mundo que a ópera não era uma coisa só para gente chata, vestida com fatos pretos. Não há nada que possa contorná-lo. Os puristas (como um quee screve hoje no DN) podem desdenhar e acusá-los de facilitismo, mas eu acho que era alegria de cantar.
Henrique, claro que tem razão, isto foi só uma divulgação de Caruso, que para muitos deve ser novidade. Vou-lhe mandar em anexo a mail o Vesti ja giubba.
Quanto ao Krauss, inteiramente de acordo.
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