Boa parte dos meus leitores saberá o que é o Erasmus, um excelente programa comunitário de intercâmbio de estudantes universitários. É assim que se faz, em jovem, a ideia de se ser europeu, não com retórica euroburocrática ao estilo de Bruxelas.
António Costa lembrou-se hoje do Erasmus, e muito bem. Na sua opinião, Lisboa tem excelentes condições ambientais, climáticas e culturais para atrair jovens estrangeiros, bem como excelentes (?) universidades. Que um candidato a presidente da CMLisboa se preocupe com isto e prometa apoios, muito bem. Lembro-me de que um dos primeiros contactos do meu filho erásmico com Estocolmo foi uma recepção muito simpática (e bem fornecida do seu adorado salmão fumado) na bonita Statshuset, a câmara municipal, com profusa informação sobre Estocolmo e até conversa brincalhona sobre o que eles iam encontrar na sua vida do dia-a-dia.
No entanto, faltou a António Costa um pequeno pormenor, daqueles que ocorrem logo a quem sabe das coisas e que fazem ruir qualquer castelo de cartas: vai pagar cursos ministrados em inglês nas universidades de Lisboa? Sem isto, que já há mas só muito excepcionalmente, nada feito. E, já agora, também é capaz de receber os estudantes com um discurso fluente em inglês, como foi o do tal presidente da câmara de Estocolmo (creio que não era inglês técnico...)?
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