O Sol, de que só li o primeiro número e chegou, era o jornal que nunca faria promoções. O director voltou atrás e começa logo em família, com as memórias do tio José Hermano Saraiva. A que propósito? JHS nada tem a dizer sobre uma eventual vida de historiador, parece que nunca o foi a sério. Foi, inegavelmente, um diligente e muito eficaz divulgador, mas isto não merece memórias, antes a publicação dos seus programas televisivos em DVD, se é que já não há.
A parte da sua vida que justificaria memórias é aquela que não me atrai nada e sobre a qual, possivelmente, ele terá alguma dificuldade em escrever: a de último ministro da Educação de Salazar (nem foi de Caetano!). Foi ministro na época da crise de Coimbra, dirigiu ou pactuou com a repressão, assinou muitos despachos de expulsão de estudantes, entre os quais Alberto Martins e Barros Moura, bem como o de demissão de um assistente, José Correia Pinto.
Há memórias que, ou são truncadas e são uma aldrabice, ou são completas e são um ultraje.
16 junho, 2007
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1 comentário:
Sendo um leitor atento dos seus Blogs, vinha sugerir que só lhe ficaria bem comentar as tais memórias depois de as tentar ler ... pelo menos as gratuitas. Fiquei com pena da sua "sapiência".
Mas entendo, penas têm as galinhas.Um abraçoamigo.
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