Numa pequena nota critica ao Mercado do Peixe, hoje, no Público, escreve David Lopes Ramos:
Um gourmet entende que é curto, que o acto de grelhar é a pré-história da cozinha, mas trata-se, é claro, de uma opinião minoritária.Aplaudo e subscrevo, porque pertenço a essa minoria. Para dar um exemplo, inclui no meu livro "O gosto de bem comer" 41 receitas originais minhas de peixe e nem uma única é de peixe grelhado. Excepção é a sardinha.
Isto talvez tenha a ver com os meus hábitos de infância. Grelhar peixe, nos Açores, é coisa moderna para turistas. E há tantas maneiras de o cozinhar: cozido, em água, caldo ou ao vapor, estufado, frito, salteado sem chegar bem à fritura, assado no forno, assado na sertã, recheado, confitado ou escaldado, curtido em marinada, preparado em pudim ou soufflé, em almôndegas, em empadas, e mais. Nos próximos tempos, tentarei dar alguns exemplos a cair em desuso, só cultivados pela tal minoria anti-grelhado.
1 comentário:
O segredo do grelhado está no molho que o acompanha e este nada tem de pré-histórico.
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