18 julho, 2007

Cadavre exquis - parte 2

“E sorria dentuço, com candura, envolvendo a sua vasta, prestativa e solícita audiência de VIPs da comunicação social. É só inteligência congénita - repetia, incansável a cada frase, um seu sempre deslumbrado admirador - já repararam bem como (lá por detrás das cangalhas) ele têm os olhos tão lindos? Eu digo que não, mas é para lhe ver aquele brilhozinho no olhar, que subsidio sempre as prestações dos adereços daquele acelerador de partículas, de que ele tanto gosta.

(….)

Oh! Nanico nem pense, francamente, já lhe disse, o menino não lhes ligue, … c’horror, 'tá cansado de saber, não se diz vermelho, diz-se encarnado. Olhe, e nem lhe passe pelos caracóis, dar confiança a essa gentinha... E, por falar nisso, essa sua guedelha não combina com o seu nível intelectual nem com essa meia que teima, em usar. Veja se dá um trato nesse cabelo. Já pensou bem no que há-de dizer... aquele…. o menino sabe… aquele…lá do MIT?

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