30 julho, 2007

Malvadeza

Dizem as boas maneiras que não se deve falar mal dos mortos, mas que se lixe. Um dos últimos partidos para a longa jornada, neste caso de fim bem incerto, foi António Carlos Magalhães. Sempre ouvi falar muito dele aos meus amigos brasileiros. Lembram-se da Gabriela e dos coronéis? Eles ainda existiam recentemente, bem personificados em ACM, cacique politico do Estado da Baía (ou Bahia, que tem mais sabor).

O homem tinha tanto poder que até conseguiu dar ao aeroporto de Salvador o nome de um seu obscuro filho. Quando estive em Salvador, verifiquei que, como acontece habitualmente nos populismos, ele suscitava reacções extremadas de amor e ódio.

Mas o que sempre me fez rir foi o humor brasileiro, que o cognomeou de Toninho Malvadeza. E em Portugal, quantos mereceriam o nome? Zeca Malvadeza, Baixote Malvadeza, Paulinho Malvadeza, etc.

Nota, ainda sobre o humor político brasileiro – No Rio, conheci o governador, Tony Garotinho, de seu nome "oficial". Mas não nome real, que toda a gente desconhece. Ele encostou-se ainda rapazinho ao Brizola, que, quando queria mandar comprar cigarros ou coisas do género, dizia "chamem o garotinho". E assim chegou ele a governador de Guanabara. Só no Brasil, meu querido Brasil!... Saravá, meus bons amigos do outro lado de tanto mar.

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