25 maio, 2007

Nota gastronómica (V)

Gin tonic

Provavelmente não depreenderam dos meus escritos de que uma coisa de que gosto muito e de que co0lecciono receitas é de cocktails. Por isto, não me podia passar despercebida a nota de hoje de David Lopes Ramos, no Público, sobre o gin tónico. Parece que passou da cozinha para as bebidas, mas fica-me a mesma pergunta. Ele está a publicar receitas tradicionais (muito bem) ou a apresentar coisas originais ou adaptadas (mal)?

"Quanto às quantidades de gin e água tónica, há os que são pela igualdade, há outros que preferem duas partes de gin para uma parte de água tónica". Tudo tiros fora da "mouche"!

Lembro-me logo de duas pessoas, primeiro o meu vizinho L. da R. do Saco, que bebia todo o dia chá misturado com grande quantidade de álcool (1:3, chá:álcool, quase à DLR). Ele certamente diria que gin tónico é um copázio de gin com uma gota de água tónica.

Mas também me lembro do coronel Stanley ou seja lá o que for, comandante do 5º regimento de S. M. em Bangalore, que despediu um criado porque não sabia fazer um gin tónico como eu servirei a DLR e como sirvo sempre aos amigos, à velha maneira british: 1 parte de gin, 2 de água tónica.

Nota - Já agora, se DLR continuar a escrever sobre cocktails, que respeite a regra do 1+2 em dois outros "monstros sagrados", o Bloody Mary e o Tom Collins. Quanto ao Dry Martini, sou mais flexível (de 1+2 a 2+1), desde que "shaken, not stirred" (lembram-se?).

P. S. (11:34) - Chamaram-me a atenção para esta coisa de bom humor: C C Trevithick et al., "Shaken, not stirred: bioanalytical study of the antioxidant activities of martinis", Brit. Med. J. 319 (7225): 1600–1602.

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