30 maio, 2007

Bolonha, a China e a Índia

Ainda mal se apagaram as luzes da reunião de Londres do processo de Bolonha e já vem um alerta do comissário europeu da Educação, Jan Figel, em declarações ao jornal britânico The Times. "Dentro de uma década, as universidades europeias podem ser ultrapassadas pelas da China e da Índia".

A capacidade das universidades indianas é bem conhecida, vejam-se os "rankings", e é com base nela que se está a fazer a nova economia indiana de "outsourcing high tech". Em grande parte, isto deve-se a uma coisa pela qual, em Portugal, muitos bradam, o retorno e aproveitamento dos nacionais que foram drenados para os EUA e aí fizeram excelentes formações científicas e técnicas. Quanto à China, ela diz que e quando a China diz que…

Para completar o BRIC, falta a Rússia, que deixou degradar (por fuga de cérebros) o seu excelente sistema universitário mas que rapidamente o poderá recuperar, e o Brasil, o país deste grupo em que talvez a deficiente qualidade universitária geral (mas com muitas ilhas de excelência) ainda seja uma limitação importante.

Anotei há dias que é necessário começar já a pensar em Bolonha II, a partir de 2010, senão antes. Notícias como esta vêm ao encontro disto.

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