Sei que tenho leitores muito argutos e profundos conhecedores do processo de Bolonha. Certamente leram nas linhas e entrelinhas tudo o que esteve à volta da reunião de Londres 2007: declaração de Lisboa (EUA), Trends V, comunicado dos ministros.
Não acharam nada de estranho? Muito em breve vou lançar no meu sítio uma nova discussão, para que vos convido. O tema já começa a ter nome, Bolonha 2 ou Bolonha pós-2010. Seja qual for, a ideia já está clara. Bolonha 1, esta, não cumpriu o que se desejava, é preciso outra. Principalmente, ficou quase a zero a dimensão social de Bolonha. Não me pesa a consciência, sempre alertei para que isto era o essencial: o mercado de trabalho vai assimilar Bolonha? Hoje, já se percebe que não. E até, comparando com os EUA, nem é difícil perceber porquê, quando se tem reflectido sobre a empregabilidade, coisa muito diferente de diploma para o emprego. Já o fiz (perdi o "link", mas vou procurar), também sobre coisa relacionada, a educação liberal, e vou aprofundar.
Parafraseando o chamado "europessimismo", podia falar de "bolonhopessimismo". Com tudo o que já escrevi a manifestar o meu entusiasmo com a oportunidade de Bolonha, julgo que tenho autoridade para exprimir agora as minhas reservas. Os últimos sucessos são meramente administrativos. A ideia da área europeia da educação superior, principalmente se vista em termos de competição com os EUA, não foi avante. É preciso discutir isto. Vai ser o espaço privilegiado de debate do meu sítio, para quem quiser aproveitar.
29 maio, 2007
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1 comentário:
Neste aspecto, sou um perfeito ignorante (para não dizer mais). Só conheço do Bolonha o muito que afecta a minha vida pessoal e financeira, ao incentivar a minha junior, mestranda e investigadora em biologia molecular, a fazer um doutoramento repartido entre Lisboa e os EUA (com o consequente apertar do cinto, porque os apoios não chegam para a manutenção, quanto mais para as viagens de 2/3 vezes por ano, durante 4 anos).
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