25 maio, 2007

Nota gastronómica (IV)

Salsichas frescas

Há quem não as coma, coisa barata e nada má? Na cozinha tradicional portuguesa (continental, não se fazem nas ilhas), só conheço uma maneira de as cozinhar, enroladas em couve lombarda e servidas com arroz branco ou refogado. Também as como assim mas, desde que vivi na Suíça, adaptei às nossas salsichas frescas uma forma tradicional do Vaud de preparar salsichas, embora bastante diferentes das nossas. No entanto, a meu ver, a adaptação funciona.

Unto uma assadeira com um pouco de manteiga misturada com uma parte de banha e levo as salsichas ao forno alto, sem mais nada. Vigiando sempre, vejo quando estão inchadas quase a rebentar e pico-as bem com um palito, fazendo sair o suco. Junto uma cebola picada fino (ou chalota, quando arranjo), vinho branco e tempero com sal, pimenta preta e cravinho. Volta a assar e, no fim, misturo o molho a engrossar moderadamente, em lume baixo, com um pouco de maizena diluída em água ou caldo de carne (se o tenho no frigorífico, genuíno, não de pacote), com mostarda de Dijon e estragão fresco picado (da minha mini-horta).

Vario bastante é o acompanhamento, desde simples batatas fritas até arroz de substância ou mesmo branco, "rösti" (também coisa suíça, muito simples, que ensinarei um dia destes) ou mesmo, para relembrar a maneira portuguesa, um estufado simples de repolho.

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