15 janeiro, 2007

Vai-me saindo (3)

No Público de 12.1.2007, uma das coisas mais espantosas que li ultimamente. E das mais revoltantes:
"Teresa Costa Macedo, secretária de Estado da Família nos anos 80, afirmou ontem, em tribunal, que os nomes de Carlos Cruz, Jorge Ritto e Carlos Silvino eram os "mais falados" por educadores e alunos, de acordo com relatórios da instituição, na altura em que tutelou a Casa Pia.
A ex-secretária de Estado explicou que as informações que recebeu sobre abusos sexuais de menores vinham de relatórios da instituição que lhe foram entregues pelo então provedor, Baptista Comprido, e que tinham sido feitos com base em audições a educadores e alunos.

(…)
Costa Macedo especificou que começou por ouvir falar no nome de Jorge Ritto ainda "antes de ter a tutela da Casa Pia". E que, a partir de 1982 - ano em foram encontrados três jovens casapianos em casa daquele ex-embaixador -, lhe foi relatado o nome de Carlos Cruz. 
Durante o seu depoimento, referiu que só voltou a ouvir falar de Cruz nos anos 90, quando questionada pela jornalista, entretanto já falecida, Helena Sanches Osório.
Costa Macedo afirmou também que Carlos Silvino, principal arguido do processo, era o nome do funcionário mais referido pelos jovens casapianos como "organizador" de práticas sexuais entre crianças e adultos. 
A antiga secretária de Estado chegou mesmo a afirmar que era do conhecimento geral, na Casa Pia, que Carlos Silvino aliciava crianças da instituição para páticas sexuais com adultos."
Era de conhecimento geral na Casa Pia?! Era do conhecimento da secretária de estado?! E toda a gente se calava e dormia tranquila? Parece que sim, que toda a gente, menos aquelas infelizes crianças, com berros reprimidos a ressoar-lhes até á morte. "Mas as crianças, meu Deus porque lhes dás tanta dor?"

Não conheço essa senhora tida por muito "respeitável". Depois disto, fico mesmo sem qualquer vontade de a conhecer.

1 comentário:

M.C.R. disse...

26111941A Secretaria de Estado sabia e não fez nada? É passível de acusação criminal e política. A senhora ou delira ou fala a sério . Na 1ª hipótese, asilo com ela. Na segunda, cadeia.