11 janeiro, 2007

O caso do Público

Continuando a minha nota anterior, merece apreço o destaque que a direcção do Público dá ontem ao caso de "uma forma de plágio". Fico a aguardar o resultado da reunião anunciada do conselho de redacção. É reconfortante ver-se isto, como sinal de sentido de responsabilidade, por vezes muito ausente na nossa comunicação social. Lembram-se de como rapidamente se passou uma esponja sobre o caso Clara Pinto Correia?

Mais uma vez, parabéns ao provedor Rui Araújo pela sua independência corajosa, ao jornal pelo seu sentido de responsabilidade e, indirectamente, aos leitores. Infelizmente, parece é que a jornalista não tem mesmo vergonha. Aguardo com triste expectativa a carta dela que sei que será publicada na próxima coluna do provedor. O barafustar é uma típica reacção portuguesa de incapacidade de assumir honesta e humildemente as responsabilidades (e as consequências!).

Provavelmente, haverá também mais culpas. Estou certo de que isto nunca se teria passado no tempo de José Vítor Malheiros como editor de ciência. Para que serve um editor? Como é que se revê um artigo sem se reparar que até há parte escrita em inglês? "I expect to have this evening your letter of resignation on my desk", diria um director ("editor") do Times, do Guardian ou do Washington Post.

P. S., 12.1.2007 - Estou desiludido. A direcção do Público comprometeu-se a publicar toda a documentação sobre este assunto. Onde para a acta da reunião do conselho de redacção? Ainda não a vi publicada.

P. S., 13.1.2007 - Penitencio-me. Afinal, o Público está a disponibilizar toda a documentação, mas online, com chamada de atenção na edição impressa pra o seu sítio na net.

2 comentários:

Anónimo disse...

É ela a editora de ciência.

Anónimo disse...

A discussão continua por aqui:
http://provedorpublico.blogspot.com/2007/01/uma-forma-de-plgio.html
http://provedorpublico.blogspot.com/2007/01/publicados-os-documentos-relativos-ao.html