Em que mundo ando eu? Na minha carta de hoje ao provedor do Público, e comentando o destaque do jornal acerca da indústria automóvel, estranhei o excesso de referência à Toyota. Esclarece-me um amigo que o grupo Sonae, proprietário do Público, tem posição dominante na Salvador Caetano, representante da Toyota em Portugal.
Vou continuar a ler o jornal, em que escrevem tão bons amigos meus?
Cada vez mais me sinto o desprotegido "menino da sua mãe". E não há cigarreira que me valha e que aguente as balas. Porque raio é que avós e pais me educaram para o seu mundo sonhado, em vez de me treinarem para me defrontar eficazmente com este enorme bairro de lata, de feios, porcos e maus?
E porque é que o destino me fez a partida de me dar um emprego feliz de trinta anos na melhor instituição portuguesa, para depois ser atirado para a mais horrorosa das instituições, em que tive o sonho estúpido de que podia, como director efémero e logo despedido, transformar alguma coisa e onde só consegui uma enorme colecçção de calúnias, de experiências de confronto com a maior estupidez catedrática, de assassínios de carácter (ao menos que tivessem nível)?
Nestas alturas, só me apetece dizer, em alto berro e com todas as letras, PORRA!!!
Mas também dizer outra coisa. Tenho uma reforma dourada, ninguém me pode tocar, sou totalmente independente, penso o que digo e digo o que penso. E, essencialmente, o que digo é o que muitos gostariam de dizer: o rei vai nu!
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