Está-me a surpreender a capacidade de imaginação dos adeptos do não, no referendo sobre o aborto. Agora é a deputada Matilde Sousa Franco, que vem dizer que "votar 'não' é que é moderno". O raciocínio é lapidar. Grande parte dos problemas sociais actuais (sustentabilidade da segurança social, custos da saúde) derivam do envelhecimento da população. Donde, é necessário estimular a natalidade. Donde, é necessário reprimir o aborto.
Inatacável. Toda a gente sabe que o aborto é o grande responsável pela quebra da taxa de natalidade! Mas, a sério, fico preocupado com a possibilidade de esta deputada, com esta lógica, vir a propor uma lei de proibição da pílula anticoncepcional.
À margem. Na mesma página do jornal, uma notícia surrealista. O MIC de Manuel Alegre vai fazer um pré-referendo entre os seus membros (quantos, de entre o milhão de votos, eu incluído?) para decidir se apoia o sim ou o não. Ridículo, patético ou ambas as coisas?
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2 comentários:
ambas as coisas. Aliás o MIC é um aborto.
Marcelo, tenho andado atormentado com a ineficácia da minha intervenção, com todos os meios da net de que hoje dispomos. Não estamos a seber usá-los bem, tu, eu, muitos mais.
Não quero um clube dos poetas mortos, nem sequer um clube dos poetas vivos, porque a poesia, por sublime que seja, é limitada.
Mas queria ver na net, com grande impacto, um clube dos pensadores bem vivos. Vamos pensar nisto?
Mas vês que nesta terra, simpledsmente escrever pensadores já pode ser motivo de chacota, "quem são estes gajos?"
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