15 outubro, 2007

Ensino médico (II)

O ministro Correia de Campos, ao arrepio dos últimos governos e do seu colega Mariano Gago (neste caso, "não esteve disponível para falar"), que têm dado cobertura ao corporativismo escandaloso do conúbio da Ordem dos Médicos e das escolas médicas, veio dizer que faltam 30% de médicos. Há muito tempo que venho a denunciar este escândalo.

Escrevi agora, de novo, um texto sobre este assunto. Não chega a ser um artigo de fundo (mantém-se actual o que referi), mas é texto longo demais para blogue. Quem tiver curiosidade, pode lê-lo no meu sítio.

2 comentários:

Anónimo disse...

Saúdo a sua coragem num assunto onde dominam as "vacas sagradas". Tenho a opinião que os médicos se colocaram na posição em que esteve o clero até ao século XVIII.

Jaime Carvalho e Silva disse...

Não me parece que os seus argumentos sejam convicentes. Por exemplo, a seguinte passagem parece-me demasiado dúbia:
"E os jovens estão com medo do desemprego? (...) vão às centenas para Salamanca, Praga, agora Santiago de Compostela. (...)Muitos já regressaram, formados. Não me consta que estejam desempregados."

Não lhe consta? Mas não sabe, não é? Como se pode fazer uma afirmação baseada na sua ignorância do assunto? E já agora, quantos "estrangeirados" já regressaram? Muitos? Poucos?

O que eu sei é que no último concurso de entrada na especialidade havia cerca de 400 candidatos para cerca de 200 vagas e as vagas não foram todas preenchidas. Isso é que me parece preocupante.