Seguindo o exemplo do Blog-Colabor, tenho também andado no cumprimento escrepulosíssimo de umas quantas Missões-Toupeira.
Eu explico: já há umas semanas, que ando por aqui e por ali, a escavar e a remover terra de várias fontes de informação e, admito, estou a ficar esmorecida com tudo o que por lá vejo fazer, que aqui não consigo ver.
O que vejo por lá (Forfás - Ireland's national policy and advisory board for enterprise, trade, science, technology and innovation, entidade que está justamente a efectuar uma proposta-contributo para o desenvolvimento do país tendo em consideração uma vision of Ireland in 2020 in which a well-educated and highly skilled population contributes to a competitive, innovation-driven, knowledge-based, Future Skills Needs participative and inclusive economy).
Por favor, reparem no pormenor do ano - horizonte temporal de trabalho - 2020, e atentem apenas para dois exemplos seguintes, de como eles esquematizam o que se propõem executar:
1º - 5th Report. Expert Group on Future Skills Needs. 2007. - estudo estratégico de gestão de competências. Smiples, bem pensado e, naturalmente, muito definido.
2º - Full Report - The Role of the Institutes of Technology in Enterprise Development.(2007). No caso, trata-se de um trabalho que orienta e compatibiliza as características, e expectativas de Escolas Superiores de carácter tecnológico - muito semelhantes a alguns dos nossos "Politécnicos" - com as necessidades previstas pelo mercado. Enquanto nós, por cá, iremos fazer não percebi, bem como, nem o quê de Investigação Orientada [*].
Podemos então comprovar, que não só a galinha deles tem mais enxúdias, a erva deles é mais e mais verde que a nossa, como ainda usam sistemas de trabalho mais sérios, e dispõem de dirigentes muito mais eficientes que os nossos (ou vice-versa).
Poderemos nós fazer alguma coisa?
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[*] Bom, eu não sei nada sobre esse tema, mas sei muito bem quem sabe (ou que empombou que sabe), e vou perguntar, formalmente por cartinha registada, às seguintes pessoas, a saber: Presidente da República, Deputados do PS e também dos outros partidos todos, que não questionaram este ponto no RJIES e, claro, ao MCTES.
Ao CCISP não vou perguntar, porque eu sei perfeitamente, porque é que não questionou este ponto do RJIES, e não é porque por lá se entende o que é investigação orientada no politécnico, mas depois demonstro-lhes as razões - através de um trabalhinho toupeira, que ando a engendrar, mas que está a ficar quase missão impossível de tanto tempo que ocupa; mas isto é uma outra estória...
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2 comentários:
Acabei de resolver um problema, hoje, já passava da 1.ª hora do dia – eu bicho do buraco, que às 22 horas, em princípio, já durmo como um justo – berbicacho este que durava desde o dia 22 em constante partir pedra. Está resolvido e o meu antigo aluno que o havia colocado já tem a informação, report, plano, etc. etc.etc.
Esta coisa, que parece assim tão simples, aprende-se nas escolas, públicas e privadas, se possível nas «boas escolas». Os Dinamarqueses, Portugueses, Bascos e Irlandeses, todos foram clientes de Michael Porter e desgraçadamente, os únicos que não aprenderam a lição (goste-se ou não se goste das lições, elas tiveram o seu tempo e o seu espaço) foram os habitantes deste imenso Portugal.
Mais ou menos nessa época, para o melhor e para o pior, fui convidado pelo Eusko Jaurlaritza para participar como técnico na elaboração dos sucessivos planos de inovação (http://www.industria.ejgv.euskadi.net/r44-886/es/contenidos/enlaces/libro_blanco_innovacion/es_8706/adjuntos/INDICE.pdf) desta região autónoma da Ibéria. Não é para falar de mim que escrevo este comentário, mas não abdico de dizer alto que sei do que estou a falar…
Estes nossos governantes, os de agora e os de ontem, esquecem-se que o caminho se faz caminhando. Os Bascos possuem menos habitantes que a nossa região Norte (quase menos 1 milhão de pessoas); quando começaram a caminhada – ao mesmo tempo que nós – partiram com os mesmos indicadores económicos (1996/7) e hoje, 10 anos volvidos, o PIB per capita do Euskadi já é superior ao PIB da França per capita.
Não há segredos. Os Irlandeses têm um milagre que saiu dos neurónios. Não foi preciso ir visitar a Finlândia nem distribuir OLPCs aos estudantes do 9.º ano. Foi preciso dizer para onde querem ir, quando querem ir, como vão, com quem vão e quanto custa.
Só que eles sabem que há sempre um compromisso sério: - Não há tempo para tretas! Foi afinal isso que metaforicamente quis dizer quando falei de mim, que afinal sozinho pouco valho.
Força Regina!
Resumindo, «a raiz desta erva pata» é isso mesmo que diz, Alexandre.
O meu maior problema é só este: não acredito que o pessoal ligado ao MCTES e ao Ministério da Economia não saibam as regras elementares de planeamento, alguns deles são ex -alunos do IST e lá - como, aliás, em muitas escolas nacionais, (e também garanto que em algumas do politécnico) - as questões fulcrais de projecto e de planeamento não se aprendem em cursinhos expeditos extra - curriculares de "empreendedorismo" - são ferramentas regulamentares de origem. Por isso, eles sabem muitíssimo bem como se fazem as coisas, mas estão a "tirar a onda de louco ou a dos principiantes desentendidos", porque partem do principio idiota que só eles (que são os geniais) é que conseguíram aprender essas coisas tão difíceis (perdão,tão triviais e de «lana caprina»), os outros todos sim, é que são «aqueles totós de doer» e, se calhar, até somos... E isto é o que me preocupa demais...
Obrigada pela força que vai sempre dando aos meus «causus».
MUITOS PARABÉNS pela resolução do seu berbicacho, ganhou uns anitos de vida.
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