07 agosto, 2007

Nota gastronómica (XX)

Coelho manso, coisa horrorosa

Na P2 do Público de 4.8.2007, escreve David Lopes Ramos uma notazinha muito boa sobre o coelho manso, aconselhando a corrigir com mostarda a insipidez do bichinho simpático (os meus amigos americanos horrorizam-se com a ideia de comermos o coelhinho fofinho, como nós com o manjar canino dos chineses).

Para mim, essa da mostarda, um coisa clássica, não basta. O coelho é assunto de grandes negociações cá em casa, porque, apesar de uma habitualmente grande convergência gastronómica, tenho o azar de a minha mulher gostar muito dessa coisa leprina para mim horrorosa. Porque adoro lebre e coelho bravo, não consigo comer essa imitação reles, tendo sempre de estar a confirmar onde está o meu gato Peúgas.

Minimamente aceitável, só depois de dois dias de marinada, no frigorífico, em vinho tinto, louro, sal, pimenta preta, zimbro!, salsa ou tomilho, ou ainda salva/sálvia, sempre com uma boa dose de alecrim. Normalmente não junto mostarda.

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