Sem correr o risco de o afirmar publicamente, tenho tido o palpite de que o PR vetaria politicamente a lei do RJIES. Não me parece que fosse aposta arriscada. O PR é professor universitário e nunca se lhe ouviu uma palavra contra o sistema tradicional de governo universitário, embora, no fundo, provavelmente o seu feitio não fosse muito compatível com a "gestão democrática". Segundo, o veto seria mais um sinal de desmarcação do governo, coisa que me parece estar a ganhar relevo (vejam-se os comentários à demissão de Dalila Rodrigues ou o distanciamento em relação à questão da IVG na Madeira). Terceiro, agradaria a um forte lóbi, o universitário, de que afinal está muito perto.
O argumento até seria fácil. Uma lei que introduz tais roturas não pode ser discutida a mata-cavalos, numa pressa para a qual nunca foi apresentada uma justificação séria, e não é desejável que seja aprovada apenas pelo partido maioritário, quando vem substituir uma lei aprovada por unanimidade.
É por isto que fico surpreendido com o veto ao Estatuto dos Jornalistas. Foi a opção presidencial, mas sabendo-se que, politicamente, será muito difícil vetar duas leis num prazo muito curto. Portanto, a do RJIES vai passar, garantidamente.
07 agosto, 2007
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