A presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, eleita pelo BE, está a ser alvo de inquérito da Judiciária, devido a uma denúncia anónima. A este propósito, Francisco Louçã afirmou que "se há uma denúncia anónima, o que a Policia Judiciária tem de fazer é investigar".
Confesso o meu incómodo. Fui educado, como muita gente, na regra de que carta anónima é lixo e só pode ter o lixo como destino. Também fui alvo de uma denúncia anónima, até nem tão anónima como isso, para quem conhecia o meio. O resultado foi um inquérito da Inspecção Geral de Finanças, que me indignou, não obstante a extraordinária correcção dos inspectores. Fez-me perder tempo precioso da minha actividade de dirigente. No fim, interroguei-me, sem resposta definitiva: não teria sido melhor esse inquérito, que me ilibou totalmente, do que uma acção murmurante de calúnia corrosiva?
E não será que muita coisa ficaria impune, a alimentar o clima geral de corrupção, se não se tentasse averiguar da possível consistência das denúncias anónimas? Ficam-me ainda duas perguntas. Não há forma prática menos ostensiva de apurar isso? E qual a percentagem das denúncias caluniosas que se demonstram consistentes?
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