Conheço muito dele, o seu passado até recentemente na Figueira, o estabelecimento comercial bem sucedido mas que foi à falência, a vinda para Carcavelos onde se amanha com um emprego precário, o apartamento onde se sente triste, a porcaria da televisão que já o enfada. Tudo isto é desabafado em longas conversas monológicas, em voz alta que nenhum vizinho pode ter o recato de não ouvir, desabafado com expressão de muita ternura, para quem se adivinha logo que é a sua amiga fiel, muito especial, que à sua mesa o olha com ternura retribuída.
Sei que, meu homónimo, ele se chama João, ouço do empregado do café. Só não consegui ainda saber o nome da sua amiga, uma linda cadela perdigueira.
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