31 outubro, 2008

Notícia importante


Nesta ponta final, em que ajusto contas, não podia deixar de vir o Público à baila. Segundo o pasquim, faz hoje anos sua sereníssima alteza a infanta D. (perdão, Dona) Leonor, três aninhos viçosos a prometerem cultivo desde já das mais ínclitas virtudes geneticamente acumuladas de apuramento da raça lusitana. Desculpem, é confusão, estou a trescrever, passei para Alter.  

Seja como for, a regra a mesma, toda a gente sabe, o segredo do apuramento é o fomento da consanguinidade, tudo primos. Olhem lá para a cara do pai Duarte e não digam que não é feição vigorosa e expressão inteligente herdadas de D. Afonso Henriques e da pressão selectiva das bordoadas aos mouros, agora convertidas em conversas de chazinho com as suas velhas inquilinas do Chiado, quando lhes vai cobrar a renda.

Voltando ao Público. Despedi-me dele porque, salvaguardados alguns focos de resistência interna, é cada vez mais, por via do seu director, conservador, economicamente neoliberal, reaccionário em relação à evolução dos costumes, faccioso (veja-se hoje o tratamento da questão angolana, em que admito que haja muita coisa podre mas em que desconfio da fúria já antiga do Público), voz do dono, simpatizante do Opus Dei. Será que também monárquico?

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