Mas isto suscita-me uma reflexão: porque são os médicos portugueses tão conservadores, em matéria deontológica? Dou por mim a pensar que, de entre os que conheço, boa parte dos "progressistas" trabalham em exclusividade no SNS, ou são académicos ou estão envolvidos em coisas de saúde pública sem interesses privados. Não será que o conservadorismo deontológico é um álibi para disfarçar, mesmo que inconscientemente, a promiscuidade ambígua e desconfortável com os interesses da medicina privada? Isto pode parecer extremo, mas recordo que muito do que legitima a privada são coisas do tipo "relação médico-doente", que alimentam o código deontológico.
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