Contra o que tenho criticado a outros, hoje vão só dois "sound bites" suscitados pela leitura do jornal.
1. Há uns anos, Jaime Gama, na Assembleia da República chamou a Alberto João Jardim, a meu ver muito bem, o Bokassa da Madeira. Ontem, no Funchal, afirmou que ele era "um exemplo supremo na vida democrática do que é um político combativo". Será que é o mesmo Jaime Gama da nossa juventude?
2. Vai ser sequenciado o genoma do sobreiro. Boa ideia, de previsíveis consequências práticas muito importantes para nós. Ficam da notícia é coisas que não percebo. Vão ser sequenciadas 100 milhões de bases, quando o genoma tem pelo menos dez vezes mais. O projecto, para três anos, envolveria cerca de 200.000 operações de sequenciação, uma por dia e por máquina, ou seja, em 300 dias por ano, 600 máquinas em simultâneo. Só isto custaria qualquer coisa como 50.000.000 euros só em equipamento, mais uma verba muito considerável para mão de obra e reagentes. A notícia diz que o financiamento pedido para o projecto foi de 100.000 euros. Bate certo ou alguém está a enganar alguém?
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