Aos poucos, vou relendo recortes de jornais que me mereceriam notas, agora atrasadas. Mas, às vezes, requentar a comida não lhe tira o gosto. Há já algumas semanas, uma missão do Atlantis levou para a ISS um módulo europeu, o laboratório de investigação Columbus.
Claro que Portugal, que contribui com muito dinheiro para a Associação Espacial Europeia (ESA), não podia deixar de participar. O Columbus inclui coisa decisiva portuguesa, um termómetro. Claro que um termómetro especial. Mereceu notícia destacada nos jornais, mas não consegui perceber uma coisa importante: qual é o valor percentual desse termómetro no total do investimento feito no Columbus?
E qual foi também o valor (económico e/ou científico) dos instrumentos de medida com que se tem contribuído para o CERN, comparado com o total dessas mega-experiências de aceleração de partículas?
Já agora, o que é feito do PoSat-1? O que se obteve dele, em conhecimento científico ou em resultados de interesse económico? E haverá mais alguma ilusão de um PoSat-2? Deve ser difícil, agora que acabou a UnI.
Com tudo isto, apetece-me repetir o que era meu hábito como conclusão de apontamentos deste género: o rei vai nu!
08 janeiro, 2008
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1 comentário:
Não será que por o Ministro da tutela ser um físico que se têm passado estas coisas? Nã é só lá fora que o amigo ministro físico tem contribuido para o esbanjar de dinheiros em projectos falhados (quantas vezes caíu o foguetão europeu?) ou na procura do inatíngível (já dizia o Oscar Wilde sobre a caça à raposa: the unspeakabble after the uneatable...)queé o caso do ciclotron. Afinal a Astronomia também tem neste país recebido uma boa fatia dos dinheiros de I&D. Á falta de fogetões vamos ver os cometas. É quase a mesma coisa.
Jaime Gomes
http://pralemdazurem.blogspot.com/
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