Ainda em semi-férias, vou dando prioridade às notas gastronómicas. Fiz ontem uma receita de pato, inventada um pouco à pressa, mas que resultou bem. Tinha comprado, no único supermercado que vale a pena (não é preciso dizer qual) umas costeletas de pato. É coisa que não conhecia. O peito é cortado às fatias de cerca de 1 cm de espessura ao longo da coluna vertebral, portanto perpendicularmente ao que normalmente são os peitos de pato ou supremos. Ao contrário do corte da carne de vaca, em que o sentido faz toda a diferença, não creio que aqui seja importante. O que pode ser digno de nota é que este corte deixa cada "costeleta" com uma boa camada da gordura superficial, que se derrete completamente na fritura.
Pensei fazê-las com algum toque oriental, a lembrar um agridoce mais agri que doce, mas o júnior não estava muito para aí virado e pediu-me uma coisa mais "seca". Saíram assim.
Costeletas de pato com molho de pimenta verde em nata azeda
1 kg de costeletas de pato, 1 dl de vinho moscatel, 1 cálice de aguardente, 3 c. sopa de manteiga, 2 dl de nata, 1 iogurte natural, 3 dentes de alho, 1 folha de louro, 1 c. sobremesa de boa mostarda de Dijon (não uso outra!), sal, 15 grãos de pimenta verde.
Esfregar bem as costeletas com o vinho e deixar umas horas no frigorífico. Escorrê-las muito bem, colocá-las numa frigideira larga, sem se sobreporem, regar com a aguardente e flamejar. Acrescentar a manteiga e fritar, de um lado e de outro, rapidamente, temperando com sal. Remover as costeletas e alourar o alho laminado, juntando a folha de louro. Rejeitar tudo isto e parte da gordura, sem descolar o fundo. Desglaciar com o vinho e juntar a nata, o iogurte e a pimenta. Deixar ferver, mexendo bem, a lume médio-baixo, durante alguns minutos, até o molho estar encorpado. Fora do lume, misturar bem a mostarda. Juntar as costeletas, a aquecer. Servir apenas com batatas fritas.
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