11 julho, 2008
Também em Direito
Continuando a nota anterior, não é só em Medicina que os interesses corporativos se conjugam para limitar a oferta de licenciados no mercado de trabalho. Agora é também o presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa que protesta contra o enorme aumento de vagas, de 500 para 510, "numa altura em que os recém-licenciados se deparam com inúmeras dificuldades em ingressar no mercado de trabalho". Tão jovens e já tão estragados!
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3 comentários:
Só 10? Menos mal, chegou-se a falar em mais 50.
O problema não será tanto o mercado laboral, até porque provavelmente destes 10 metade fica logo pelo 1º ano, mas sim o facto das condições físicas da Faculdade e das condições especificas do método de ensino (avaliação continua)não suportarem mais alunos sem causarem prejuízo aos restantes.
De facto, existem aqui dois grandes problemas.
O primeiro prende-se, precisamente, com a capacidade da Faculdade de Direito de Lisboa para acolher, ano após ano, mais de 500 novos alunos. Neste sentido, a AAFDL não só é contra o aumento como sempre reinvindicou uma diminuição considerável do número de vagas.
Quanto ao acesso à profissão e, ao contrário daquilo que nos tem sido vinculado, acreditamos que deve ser o mercado a seleccionar os bons profissionais. Daí sempre termos deixado bem clara a nossa oposição à criação de um "numerus clausus" de acesso à Ordem dos Advogados.
Isto não quer dizer que as Faculdades devem abrir as portas a todos os candidatos a juristas; deve haver critérios. E por muito que acreditemos que o mercado até funciona, a verdade é que um mercado tão saturado como este corre o risco de implodir.
Não existem interesses corporativos naquela posição. Existe, em primeiro lugar, uma defesa da qualidade do ensino daquela instituição para os estudantes que representamos; em segundo lugar, uma preocupação óbvia com o futuro destes.
Por fim, e chamando à raia a questão da Medicina, a tomada de posição em causa refere uma defesa do aumento do número de vagas em áreas onde o nosso país não produz quadros suficientes.
Cumprimentos,
O Jovem já tão estragado!
O jovem já tão estragado não deixa de ter uma certa razão.
Portugal não se pode dar ao luxo de gastar muitos milhões de euros no corpo Docente das Universidades de Direito Públicas para formar desempregados.Já as Privadas estão á vontade. Por mim podem abrir 10.000 vagas por ano para o curso de Direito.
Faz mais sentido que se agarre na verba e se construa duas ou três Faculdades de Medicina.
Para que não tenhamos que importar médicos da Espanha nem do Uruguai e os nossos alunos não tenham que ir tirar o curso á Espanha, Cuba, República Checa e outros
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