Talvez não. Tenho um amigo, empresário rico, moderno, com um MBA, que evita ao máximo cartões e cheques. Anda sempre com um gordo rolo de notas no bolso, tudo o que paga é "cash". Não é estranho. É filho de judeus refugiados em Lisboa, fugidos do nazismo. Tudo o que lhes valeu foi dinheiro e jóias, porque imóveis, contas bancárias, etc., ficaram na Alemanha. É curioso que estas marcas fiquem culturalmente indeléveis. Este meu amigo reconhece-o e diz que, não sendo religioso, é talvez a sua principal marca identificadora como judeu. Se tivesse acontecido o mesmo aos meus pais, não teria eu exactamente a mesma atitude, por irracional que seja?
25 julho, 2008
500 euros
Nem sabia que havia notas destas até ler ontem um artigo de jornal. São tão raras que uma vantagem é a de os falsificadores não as quererem, porque qualquer caixa repara bem nelas antes de as aceitar. Mas, afinal, parece que não são assim tão raras. Em Portugal, em 2007, o Banco de Portugal recolheu do público cerca de 910.000 destas notas. A ideia elementar é de que se trata de economia paralela ou de lavagem de dinheiro.
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1 comentário:
Creio que a principal origem destas notas serão os turistas que visitam Portugal.
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