Publicado por um grupo de biólogos da Universidade de Stanford, preocupados com a utilização abusiva de “argumentos científicos” na defesa do racismo.
1. Todas as raças são iguais, não há nenhuma base científica para dizer que uma é superior a outra.
2. Dois portugueses podem ter mais diferenças genéticas entre si do que em relação a um chinês: não há uma relação entre a variação genética e a distribuição geográfica.
3. Os genes não definem toda a ascendência de uma pessoa: factores como a cultura e os factores sociopolíticos da sociedade em que se insere podem ser ainda mais importantes.
4. Membros do mesmo grupo étnico ou raça podem ter uma genética muito diferente - há várias populações diferentes que cabem na classificação de "hispânicos", por exemplo.
5. Características comportamentais completas, como os níveis de inteligência ou a tendência para actos violentos, não se podem explicar apenas pela genética.
6. Os cientistas devem ter muito cuidado ao usar grupos raciais para fazer investigação; podem estar apenas a usar estereótipos, e não categorias válidas.
7. A medicina deve concentrar-se no estudo das características de cada indivíduo, e não na sua raça. É uma ideia simplista dizer que a saúde é determinada apenas pelos genes e pode contribuir para atitudes racistas.
8. Os estudos sobre variação genética humana devem ter a contribuição de várias áreas do conhecimento, da biologia à economia e às ciências sociais.
9. Cientistas, jornalistas e outras pessoas com responsabilidades na divulgação da investigação científica devem ter cuidado com simplificações que podem ser usadas para determinados objectivos políticos.
10. Os programas escolares devem incluir não só o estudo da genética como o da história do racismo, para explicar como a ciência já foi usada para promover ideias racistas.
(Público, 20.7.2006)
21 julho, 2008
Os mandamentos das raças
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1 comentário:
Parafraseando o nosso ex-seleccionador: "E o burro sou eu?!"
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