Escrevo isto com pena. Desde o seu primeiro número que é o meu jornal, mas não sei quanto mais tempo vai sê-lo. Erros informativos graves, pontapés na gramática, dislates ortográficos. Pior, um caso grave de plágio, o caso recente de Clara Barata.
Depois outro, indiscutível, de Carlos Pessoa, que, inexplicavelmente, merece do provedor uma atitude muito benevolente, creio que justificável por pouco traquejo informático, não por condescendência com a ética. O que se invoca é o facto de, actualmente, estarmos sempre a recolher informação e a gravá-la no nosso computador, correndo o risco de, mais tarde, julgarmos que é um texto nosso. Se não me engano, foi a desculpa patética invocada há uns anos por Clara Pinto Correia, que por aí anda como nada a tivesse tocado.
É desculpa desavergonhadamente esfarrapada. Eu passo a vida a fazer o mesmo, a guardar informação, mas nunca por nunca me esqueço de encabeçar o texto transcrito pelo título, autor e local de publicação, para além da URL, no caso de um texto publicado na Internet. Mais, até tenho no "browser" um "plugin" que me acrescenta automaticamente essa informação a cada ficheiro que descarrego da net. É muito difícil os jornalistas fazerem o mesmo? Já não se lembram do tempo, que foi também meu, dos álbuns de recortes, onde nunca ninguém se esquecia de registar o nome do jornal e a data do artigo ou da notícia?
A imprensa devia proteger-nos dos abusos do poder, mas, parafraseando uma velha máxima, quem nos protege da incompetência dos protectores?
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