O caderno P2 do Público de 19.4.2007 traz um longo artigo de Kathleen Gomes, entre o sério e o jocoso, intitulado "Portugal, o país com mais 'doutores' (e 'engenheiros')". Isto fez-me pensar numa coisa que já aqui tenho discutido a sério, porque é que a jangada de pedra já não se solta nos Pirinéus mas sim no Caia.
Conheço muito bem o ambiente universitário espanhol. Pelo menos nos sítios que se prezam, não há cortesias (ficam para as touradas), não há profs. nem drs., toda a gente tem é o seu nome. E já repararam, que em qualquer loja de Madrid a vendedora nos pergunta "buenas, que quieres?".
O meu amigo Manuel, plebeu de gema, é colega da infanta Cristina num conselho. "Como pasas, Manuel?" "Y tu, Cristina?". Com a ressalva de que, em público, a trata sempre por Señora.
Nota – Espertos são os meus alunos, que não se dão ao trabalho de fazer gestão de títulos, é tudo corrido a igual. Para alguns, todos são profs, desde o meu jovem assistente até eu próprio. Para outros, todos são apenas drs. Ainda não vi foi aqueles para quem todos são apenas srs.
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