16 abril, 2007

O caso Sócrates (VII)

O inquérito da UnI

Não me vou meter por maiores discussões, apenas uma nota sobre a notícia que acabei de ouvir na TSF, com declarações da responsável jurídica da UnI. A UnI decidiu um inquérito, há dois dias, sábado, para esclarecer eventuais irregularidades no processo do antigo aluno Sócrates, incluindo eventuais documentos forjados. Muito bem. Mas está pronto amanhã, foi coisa expedita... (ainda faltariam três dias úteis, do prazo de resposta do CPA, para a confirmação do despacho provisório de encerramento).

Atendendo ao curtísimo prazo deste trabalho, estamos perante caso a merecer registo. Certamente foi necessário ouvir muita gente durante um fim de semana e um dia útil (hoje), talvez mais algumas horas amanhã, incluindo pessoas que ou já não devem estar na UnI ou que até estão presas. Certamente foi necessário fazer peritagens, mesmo que caseiras, a documentos em papel ou digitais. Por isto e porque só amanhã é que vai ser divulgado, em conferência de imprensa, duvido de que, neste preciso momento, já haja uma conclusão sólida. Vou admitir que, por milagre, já haja amanhã.

No entanto, a notícia diz que a UnI convidou para a conferência de imprensa de amanhã Sócrates e Mariano Gago. Fico com a pulga atrás da orelha. Palpita-me que, mais uma vez, "quem se vai lixar é o mexilhão", porventura um funcionário da secretaria.

Declaração de interesses - gabo-me de tentar ser isento, de não "condenar" ninguém levianamente, mas admito que tenho um grande defeito que pode prejudicar tudo isso: detesto que julguem que eu sou estúpido!

P. S. (16:37) - "Zangam-se as comadres..." Acabei de ouvir o vice-reitor da UnI afirmar que isto é tudo uma limpeza de imagem da UnI. Quem melhor para dizer o que eu digo nesta nota?

4 comentários:

Unknown disse...

É conhecido o facto da UnI trabalhar aos domingos?!...

Unknown disse...

O anterior comentário foi jocoso, mas a situação tem pouco de jocoso e (mais uma vez) claro.

A UnI está em fase de "contraditório" sobre o ter ou não ter condições pedagógicas para continuar. Existe um despacho que lhe dá 10 dias para provar que tem, e no meio deste tramite, dirá o que se passa ou passou com o curso e diplomas do Primeiro Ministro.

Contrariamente aquilo que o mesmo disse na entrevista, sobre as razões porque só agora falava no assunto, o momento escolhido leva a que não haja resposta da UnI que possa ser tida por isenta. Será sempre relacionada com o desfecho final do seu próprio processo.

JVC disse...

Repare-se num "entre parênteses" do primeiro parágrafo do meu texto. Mostra como estou de acordo com o Henrique.

A qualquer inquérito, exijo isenção. a UnI, a 4 dias do fim prazo de reclamação e da decisão definitiva do MCTES, não pode ser isenta, por muito que o deseje ou apregoe. e o anunciado convite a JS e a JMG para a conferência de imprensa é dos casos mais estúpidos que já vi de gato escondido com o rabo de fora.

Já diise e repito: detesto que me tomem por parvo.

rui disse...

eu não sei que tipo de revelações "explosivas" vão ser feitas.
haja o que houver, o procedimento e o timing são de tal forma descarados que se dúvidas houvesse sobre a oportunidade de fechar aquele ninho de ratos ficaram de todo esclarecidas.
é que um vigarista pode ser um bom gestor, mas esta gente revela apenas estupidez e falta de pudor.