17 dezembro, 2007
Direito e Direito
Há algum tempo, escrevi aqui um comentário a um dos habituais exemplos de conservadorismo académico com que regularmente nos brinda o Prof. Doutor (respeitinho!) Jorge Miranda. Era sobre o "escândalo" do uso abusivo do inglês na vida académica. Nada melhor, em resposta embora tardia, porque vem de dentro da família, do que um artigo de opinião de Luís Fábrica, da F. Direito da Universidade Católica, no Público de 14.12.2007: "Inglês nas faculdades de Direito?".
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1 comentário:
suponho que o Jorge Miranda se exprimiu mal. O que se passa é que o sistema jurídico português é tributário do chamado grupo romano-germanístico ou seja dos direitos de raiz continental. A comon law é outro mundo a que só acedia quem estudava direito Comparado.
De facto e sobretudo em tudo o que tinha a ver com direito civil tornava-se difícil (e ainda hoje deve passar-se o mesmo) não ir aos teóricos alemães italianos e acaso aos franceses buscar apoio e inspiração.
Vem daí essa desbnecessidade do inglês. hoje em dia o caso muda de figura graças ao direito dos negócios, a algum direito internacional público e privado como salienta o director da faculdade de direito da católica. Mas mesmo assim as principais ligações são feitas com os direitos europeus muito mais próximos de nós.
Se foi assim que Miranda defendeu a sua teses não merece grande reprovação. Se só protestou contra a invasão do ingl~es o caso é outro mas nem por isso se trata de conservadorismo mas de outra coisa mais profunda...
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