04 dezembro, 2007

Shmoo

Tenho dado poucas notícias, e sentido muitas saudades dos meus caríssimos e raríssimos leitores, só porque ando nuns viveres, como direi? demasiado atarefados... Hei-de contar-lhes algumas passagens... porque vão gostar muito de as saber!
Hoje, vou-lhes falar de shmoos - o "shmoo", sem c antes do h, é o colapso da espuma de cerveja que resulta em apreciações individuais distintas e opostas: é altamente negativa ou positiva, em dois momentos distintos do processo de produção e de consumo da cerveja em causa - pode tornar-se uma seríssima dor de cabeça durante a fermentação (ficamos com espuma de cerveja espalhada, até na alma dos porões da fábrica, até à altura dos joelhos), susceptível de causar surtos de pressão arterial maligna, levando a acometimentos de AVC, nos mestres cervejeiros mais fleumáticos e, simultaneamente, é uma das maiores delícias para uma boa parte dos apreciadores de cerveja (aqueles que gostam de "golas altas", durante a degustação da bebida, que nos deixam os bigodes pincelados com aquela espumazinha branca, que nos obriga a lamber os beiços - apre, que imagem...).
Ora é assim mesmo, tal e qual como o shmoo, o efeito da postura da Direcção Geral de Ensino Superior (DGES), sobre as instituições que tutela. Não sei se deram por isso, mas no famigerado dia 15 de Novembro de 2007, neste endereço da página da DGES publicou-se o seguinte texto-aviso:
"Por despacho do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de 24-10-2007
(
Despacho n.º 26245/2007, DR, 2.ª série, de 15-11), foi fixada a data de 28 de Dezembro de 2007 para a apresentação, na Direcção-Geral do Ensino Superior, de pedidos referentes ao registo de adequação, à autorização de funcionamento de novas formações e ao registo de alterações, para a entrada em funcionamento no ano lectivo de 2008/2009."

Com essa frase, mas de uma outra maneira, a nossa gestão de cúpula da educação superior diz-nos, exactamente, o seguinte: "o que se passa com as propostas velhas e safadas de novas formações superiores, submetidas pelas instituições no passado ano 2006 (a nível de mestrado), "achamos" que sabemos o que é que lhes aconteceu, mas não dizemos a ninguém, e as instituições que, assim o entenderem, mesmo que ignorem o paradeiro das suas propostas do ano passado, sigam o nosso exemplo e tradição, em estratégia: planeiem o futuro como muito bem lhes parecer porque, depois, estamos cá nós para ver o que irão, eventualmente, fazer ou não, e também só decidiremos quando e o que quer nos der na régia gana".
Claro que, há instituições que apreciam e vibram, muitíssimo, com shmoos como estes que vos acabei de descrever e, naturalmente, há as outras em que alunos e docentes, perante tais shmoos, entram em risco de vida profissional. Mas, e isso... interessa lá a alguém?!

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