27 dezembro, 2007

Canja de galinha para o farnel do pescador

Na página 12, da Edição impressa do Jornal Público, de hoje, Bárbara Wang assina um artigo com o seguinte título: "Universidades e politécnicos podem mudar mas Governo tem de dar passos concretos" de onde, como seria de esperar, extraí a inevitável frase: "...Mas, dizem os responsáveis das universidades e institutos, tudo depende da regulação da lei, da reorganização da rede de instituições e... da lei do financiamento."
Umas frases adiante ainda podemos ver que alguém questiona a ideia da fundação, depois do subsistema a que pertence ter reivindicado a possibilidade. Queria muito, porque queria também fundações mas afinal não sabia para quê...
Ainda por cima, neste mesmo artigo, vem um reitor, que até sabe o que é uma fundação de direito privado, inventar uma nova filosofia económica - "financiamento competitivo" (???!!....Que giro...).
É verdade que o Ministro, até agora, perdeu todo o seu tempo mas. desta feita, não vai ser por responsabilidade dele que, com o novo ano e tudo, voltaremos às pechas velhas.
O RJIES possibilita-nos autonomia da gestão financeira dos meios e recursos que conseguirmos captar, mas não garante o "carcanhol" todo, propriamente dito.
Dinheiro estatal só o de ratios de docência e de Contratos-Programas plurianuais. Tudo o mais há que batalhar.
Ninguém parece convencer-se que se tem mesmo que ir pescar para a merenda... a menos que o ministro junte, selectivamente, aos apetrechos de sobrevivência institucional, umas canjinhas de galinha= (financiamento competitivo?).
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PS - Imaginem os meus caros e raros leitores só a bela ideia de nos podermos ver livres de trambolhos regimentais como os corre-corre para gastar as verbas de final de ano, as especificações paralisantes do Decreto-Lei 197 de 1999, e bloqueadoras de Códigos de Procedimentos Administrativos, e passarmos a "Códigos Fiscais", de dispensarmos assinaturas - discutidas à consumos de paciência de confissões pseudo-políticas da cadeia financeira presidencial e/ou reitoral, me faz rejubilar.
Também é um regalo, por acréscimo, a perspectiva de podermos ver-nos livres das actuais circunstâncias em que, se a gestão de topo for suficientemente inconsciente, pode até decidir que financiamentos de projectos nacionais ou internacionais concessionadas servem bem para pagar remunerações certas e permanentes, ou coisas sortidas que o valham...Acham que isto não é verdade? Ora, meus amigos, perguntem por aí...
ESCLARECIMENTO - O tíulo do post foi surripiado, aliás, inspirado no do livro "Chicken Soup for the Fisherman's Soul".

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