Há uma velha anedota que diz que, em muitos escritos, o que é bom não é original e o que é original não é bom. Há outros em que nem sequer há original, mesmo que mau. Um bom exemplo é o artigo de João Carlos Espada (JCE), no último Expresso, "O futuro da universidade", sobre o que já escrevi como Oxford em polvorosa.
JCE defende-se, referindo que, sobre este assunto, Timothy Garton Ash (TGA) publicou um artigo no Guardian. Também é certo que, muito brevemente, refere a opinião de TGA. No entanto, não diz que o resto do seu artigo (de JCE) vai ser apenas o desenvolvimento da opinião de TGA. O leitor não se lembrará de duvidar de que o restante texto de JCE não são as suas próprias ideias, as suas próprias informações.
Não são. A redacção é de JCE, mas não há uma ideia, uma informação ou um dado numérico que não venha no artigo de TGA. Não há mal nenhum em que JCE concorde com TGA (duvido de que concorde sempre) mas não pode dar a impressão de que foi o primeiro a ter a ideia. Arrogantemente (coisa bem portuguesa-intelectual), JCE esqueceu-se de que não é o único leitor português do Guardian. Deixo bem claro que não estou a acusar JCE de plágio, mas não tenho dúvida em afirmar que a sua lisura de rigor intelectual deixa muito a desejar. Assim, não é difícil escrever uma coluna semanal no Expresso.
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2 comentários:
CE é useiro e vezeiro em
a) enfeitar-se com penas de pavão
b) dizer vacuidades embrulhadas em celofane
c) mostrar como um pequeno revolucionário aos vinte anos se transforma num triste ultra-conservador aos quarenta e tal
Ia escrever "neo-con" mas a coisa só tem piada em francês. Et j'en ai peur que JCE ne soit qu'un pauvre con.
Moi, je dirais même plus: j'en ai peur que JCE ne soit qu'un pauvre con.
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