Já agora, merece transcrição, sem comentários, outra pequena nota do Público.
Assembleia da Madeira custa mais 70 por cento do que a dos AçoresE também a notícia de que uma prioridade orçamental do GRM vai ser a construção de um novo estádio para o Marítimo (80-100 milhões de euros) ...
O orçamento da Assembleia Legislativa da Madeira (ALM) para 2007, ontem aprovado pelo PSD e com a abstenção da oposição, prevê uma despesa global de 17,6 milhões de euros. Inferior em cerca de 60 por cento é o orçamento da sua congénere dos Açores, estimado em 10,2 milhões de euros. A ALM, cujos deputados não estão sujeitos ao regime nacional de incompatibilidades nem à legislação que pôs termo às subvenções vitalícias, dedica 46,7 por cento do total da verba orçamental à cobertura de despesas com pessoal (8,2 milhões de euros, incluindo vencimentos dos 68 deputados), 39,6 por cento às despesas com aquisição de bens e serviços correntes, 36,2 às transferências correntes e 3,2 por cento às despesas com a aquisição de bens de investimento. O parlamento açoriano, com 52 deputados e delegações fora da Horta, gasta 5,6 milhões de euros com pessoal. Ao apoio à actividade parlamentar destina 775 mil euros, um oitavo dos 6,2 milhões de euros relativos à subvenção anual atribuída pela assembleia madeirense aos grupos parlamentares e partidos.
Com regras de financiamento partidário distintas das que regem o apoio parlamentar nos Açores, a ALM transfere anualmente 3,6 milhões de euros para os cofres do PSD (com 44 deputados), 1,5 milhões de euros para o PS (antes de perder dois dos seus 19 deputados que, como independentes, recebem 90 mil euros), 160 mil euros para o CDS e PCP (com dois mandatos) e 80 mil euros para o BE (um representante). Nos Açores, o grupo parlamentar do PS (com 31 deputados) recebe cerca de 430 mil euros, o do PSD (19 eleitos) 263 mil euros e o CDS (um representante) 46 mil euros.
5 comentários:
É verdade. O cabotino definiu, como prioridade, a construção de um estádio de futebol. Inominável. Sou do Marítimo, mas há muito que advogo a abolição de todos os vínculos entre o clube, muleta do GR, e este último.
Com estes dislates, como será possível erradicar a ideia de que a Madeira é uma sorvedoura de dinheiros públicos?
Sabe que, apesar de críticas esparsas, a oposição que aspira ao poder - PS - não repudia, sem rodeios, esta "prioridade"? O Marítimo é a principal força popular da Madeira, pelo que as sensibilidades são inúmeras.
Meu caro JVC
desconheço se és versado em matéria constitucional mas para o caso de o seres ou de te apetecer, aqui fica uma pergunta: não poderemos tornarmo-nos independentes da Madeira?
Digo isto porque não vejo jeitos da Madeira com Jardim ou sem, com Flama ou não, proclamar a independência, com Porto Santo ou não. Arre! Isto é demais!
Prefiro não comentar o último cautério do m.c.r.
"Arre.Isto é demais."
Receio que o Vítor esteja a reagir um pouco a quente, não apreciando por isso o humor do MRC.
O que é importante é pensar, com confiança na democracia, que o AJJ não é eterno. Pena é que a democracia ainda não tenha os devidos efeitos na Madeira. Não quero dizer que os efeitos fossem a vitória de um partido do meu agrado, mas sim que as eleições fossem disputadas sem as pressões caciquistas e demagógicas em que o AJ é mestre.
No entanto, devemos ver também o outro lado da questão. Grande parte dessa falta de "educação popular cívica" deve-se à inépcia e fraca qualidade dos responsáveis regionais dos partidos da oposição. Ou a intereses inconfessados. também não beneficiam do esbanjar da ALR, como ainda há dias me lembrava um leitor?
A propósito desse leitor, reparo que não deixou aqui o seu comentário, provavelmente pela minha exigência de uma assinatura de Blogger (medida de segurança). Não é nada difícil, é gratuito e "eterno" e não é necessário ser-se proprietário de um blogue. É só ir à página http://www.blogger.com
João, descortinei o humor, sim. Daí a classificação de "cautério". Como expus através de e-mails pessoais, exaspera-me a estigmatização da Madeira e dos madeirenses devido a uma súcia política que nos corrói. Contudo, os madeirenses são, necessariamente, culpados, porque permitiram o enquistamento de uma repulsiva "carneirocracia". Os críticos são asfixiados pela dimensão do tropel acrítico.
Quanto à oposição, nela radica o segredo da perpetuação do poder, por parte de Jardim. Débil e sesga. O caso do novo Estádio é sintomático.
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