Há anos, uma decisão judicial retirou quatro crianças da guarda da mãe. Viviam em imundície, sem cuidados mínimos, não estavam vacinados, não iam regularmente à escola. Foram entregues a uma instituição social. Anos depois, um deles foi condenado por ter participado no caso horroroso da morte da transexual Gisberta.
Agora, a família exige uma indemnização do Estado por incúria no acompanhamento e educação deste jovem, vítima social! Vamos assistir a idênticos pedidos por parte de outras “vítimas sociais”, excluídos, marginais? Drogados, jovens de gangues, jovens proxenetas de outros ainda mais jovens do Eduardo VII, arrebentas, vejam bem que não são delinquentes. São só vítimas da incúria do Estado na vossa educação e inclusão social. O pós-modernismo dá para tudo, com uns pozinhos de politicamente correcto.
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1 comentário:
Não concordo consigo neste ponto. Retirar as crianças a uma família constitui um acto grave susceptível de ser unicamente decretado em sede de decisão judicial. A incúria e a negligência parental são lamentáveis e condenáveis. Mas a negligência e a incúria por parte de instituições a quem o Estado confia estes menores é ainda mais grave, como sucedeu no caso da Casa Pia.
Neste caso concreto choca-me que as crianças tenham sido colocadas no norte do país, inviabilizando, desta forma, o contacto com a mãe biológica e restante família. Não haveria nenhuma instituição mais perto do local de residência que as pudesse acolher?
Choca-me ainda a forma como os adolescentes são entregues a uma instituição, neste caso as Oficinas de S. José (OSJ), que não reunia as condições mínimas para receber estes jovens. Sei do que falo porque a minha mulher trabalha nesta área. As OSJ não possuíam nenhuma equipa técnica que acompanhasse estes jovens, julgando que ainda vivemos no tempo do Padre Américo com a sua Casa do Gaiato. Como a instituição pertence à Igreja Católica as críticas que se ouviram foram surpreendentemente brandas.
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