25 agosto, 2008

Uma fé racional

No que diz respeito à Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, talvez se possa dizer que este Agosto tem sido um mês abençoado: notou-se uma ausência dos habituais «diz que não me diz» da comunicação social e dos porta-vozes institucionais, ao que se percebe, as férias estão a correr bem, porque não se ouviu nada de estarrecer - e acabarão ainda melhor porque de acordo com a divulgação - do nosso sempre atento blogger J. Cadima Ribeiro, do Blog Universidade Alternativa - de um artigo telegráfico do Jornal de Negócios, parece que os problemas financeiros do sector iniciaram um processo temporário de remissão (naturalmente a termo, até às próximas legislativas) - Ciência e Tecnologia recebe mais 39,9% (ascenderão a qualquer coisa como 400 milhões de euros - frase minha) para funcionamento do que o orçamentado em 2008. No capítulo 50, o financiamento nacional para investimentos passa de 432,5 milhões de euros em 2008, para 490 milhões de euros - o que representa um aumento de 13,3%.
Não percebo nada disso, mas penso que o Capítulo 50 se refere aos investimentos nacionais do PIDDAC previstos no"plano" e, como não ouvimos ninguém demasiado triste ou feliz, pressupõe-se que os destinos desse dinheiral, por enquanto, são murmurados apenas pelas "vozeszinhas" a quem o Senhor Ministro escuta com alguma atenção. (Não são essas vozes a que me refiro!)
Alguém tem receptores nesse comprimento de onda?
Eu explico: Por exemplo, já repararam que:
1) oficialmente, não se sabe ainda nada sobre os resultados das avaliações internacionais dos Centros de investigação, que foram auditados no início deste ano civil?
2) os concursos e editais para as contratações-bolsas de Doutorados fazem que andam mas não andam?

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