19 agosto, 2008

Silly season

Todos sabemos que ela existe, que é um problema para os jornais, à míngua de notícias e de artigos de qualidade por gente que está de férias. Na falta, já é costume o inquérito, normalmente da maior marca de cretinice. Afinal, a culpa é de quem se presta a isto. Leiam só a tristeza de um inquérito do Público a Irene Pimentel, prémio Pessoa. Gente ilustre pode não ter a noção do ridículo?

Nascer do Sol ou pôr do Sol?
O segundo, porque nunca assisto ao primeiro.

Qual é a sua ideia de felicidade?
Não consigo responder a uma palavra tão complexa.

Qual é o livro que tem vergonha de não ter lido?
Ulisses, de James Joyce.

Que língua gostava de falar?
Russo.

Como se imagina a envelhecer?
Exactamente como está a ser na realidade.

A quem atira a primeira pedra?
Não atiro pedras.

Obama ou McCain?
Obama.

Sócrates ou Ferreira Leite?
Sócrates.

Qual é a cidade de que mais gosta?
Lisboa.

Lê o seu e-mail nas férias?
Sempre.

Qual é o sal da vida?
É o sal da terra.

Que Caixa de Pandora nunca abriria?
A da Pandora.

Qual o assunto de que já não pode ouvir falar?
Dos anti-semitas que não se dizem anti-semitas.

Três coisas que gostava de transmitir ao seu filho/sua filha
Liberdade, Responsabilidade e Igualdade.

Onde está o diabo?
Em lado nenhum.

Quem mandava para Marte?
Ninguém. Coitadinhos dos marcianos.

Trocava Portugal por outro país para viver?
Não.

Qual é o seu museu preferido?
O museu judaico de Berlim

Como gostava de ser recordado(a)?
A prazo, ninguém é recordado.

Que pergunta gostava que lhe tivesse sido feita neste inquérito?
"Já tomou seu Toddy, hoje?"

1 comentário:

Anónimo disse...

Com todo o respeito pelo autor do blog, acho este post e o acima de teor idêntico, um exercício de snobismo.