Na verdade, se pensássemos que o Orçamento de Funcionamento da Educação Superior, em 2008, se situava, ao nível do GPEARI, numa ordem de grandeza de 1 Bi de Euros, (1,237 Bi previstos, em 2007) se houvesse um acréscimo de 39,9%, teríamos então para 2009 um acréscimo previzível de cerca 400 M€; por isso, fiquei agora sem perceber exactamente o que é que aconteceu ao Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, mas uma coisa é certa, o tal acréscimo referido não parece ser fiável, porque o Orçamento Inicial para Funcionamento, que está previsto fixar em Orçamento de Estado, para 2009, será exactamente só 1244,5 M€ (ver Diário Económico de 27/08/2008 - cópia do extracto neste post - clique na imagem para ver melhor).
Dito de outra maneira, o orçamento do MCTES, a fixar para 2009 (1.244,5), será muito próximo mas abaixo do previsto para 2008 pelo mesmo GPEARI (1.373,07 M€) . Por outras palavras, será exactamente, 90,6% do orçamento previsto para 2008. Assim, meus caríssimos e raríssimos leitores, haverá não um acréscimo mas um decréscimo. Mas, enquanto se anunciou um acréscimo e de 40%, possibilitou-se um significativo remanejamento das atribuições financeiras às diferentes instituições, entre as quais serão francamente beneficiadas as candidatas a fundações - UAVEIRO, UPORTO e ISCTE - Parabéns para estas, porque pelo menos são "espertas".
A única boa notícia parece então resumir-se ao facto de ter HIPOTETICAMENTE desaparecido o famigerado factor de coesão.
Entretanto, entre as Estatísticas, percentagens, erros, favorecimentos e factos, o que permanece imutável, são os 360º de Liberdade deste Ministério.
Estranho só as choradeiras e mal dizer, sem nunca haver alguém, do CRUP ou do CCISP, a pedir OFICIALMENTE que as contas minesteriais sejam conferidas.
Este Ministério lembra-me sempre a minha avó materna - perguntava magnânima e secretamente a cada um dos netos quanta mesada precisava, e depois entregava ao mais velho um décimo do que tinha pedido o menos ambicioso de nós, e dizia-lhe para repartir, responsavelmente, esse valor por todos - éramos e, felizmente, ainda somos 5. Nunca soubemos, nesses tempos, nem os planos nem, as disponibilidades nem as execuções financeiras uns dos outros!