Desacreditar as sondagens é uma patetice, mas é preciso saber lê-las e, principalmente, ter em conta os intervalos de confiança. Assim, não vou falar de Cavaco. Se não houver uma grande alteração decorrente da campanha, vai ganhar as eleições à primeira volta, por muito que isto me desagrade. Diferente é o caso da disputa Alegre-Soares.
As posições relativas na primeira volta vão-se alternando nas sucessivas sondagens, mas sempre dentro da margem de erro. Mais significativa é a diferença sobre qual deles obteria melhor resultado contra cavaco, numa segunda volta. A vantagem, significativa e constante, vai para Alegre. Podem dizer-me que isto não interessa e que é contraditório com a minha previsão de eleição logo à primeira volta. Penso que não, porque há lições políticas a tirar.
Adivinho que a noite de 22 vá ser de "facas longas" para o campo, partidário e eleitoral, do PS. As culpas serão atiradas, principalmente, contra os candidatos, quando julgo que o principal responsável é a direcção do PS. O que as sondagens sobre a segunda volta mostram é que Alegre é um candidato que não só divide quase a meias o eleitorado do PS como, principalmente, é mais abrangente contra Cavaco. Imagine-se o que seria se tivesse em campanha todo o apoio do PS, embora talvez alienando com isso alguma parte do seu actual apoio. Para mim, Sócrates errou na escolha e é ele que deve ser questionado pelo PS.
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